quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Em uma semana, casos de sarampo no estado de São Paulo sobem 53%

Os sintomas do sarampo são febre alta, conjuntivite, tosse e o aparecimento de manchas vermelhas dois dias após o início da febre.. Foto: Cristine Rochol/PMPA

O número de casos de sarampo no estado de São Paulo aumentou 53% em relação a semana anterior, quando havia 633 registros. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, até 31 de julho, foram registrados 967 casos de sarampo.
A capital paulista tem hoje 778 notificações de sarampo. Na semana passada, a cidade tinha 484 casos da doença, o que significa um aumento de 60,74% em sete dias.
Santos tem o segundo maior número de casos, com 23 registrados na cidade. Em seguida vêm Guarulhos (Grande SP), com 22, e Fernandópolis (a 555 km de SP) e Santo André (ABC), ambos com 21.
A campanha de vacinação começou em 10 de junho com a meta de imunizar 4,4 milhões de jovens e adultos de 15 a 29 anos em todo o estado até o dia 16 de agosto, data prevista para o encerramento da mobilização. Até o momento, foram vacinadas 902,2 mil pessoas nessa faixa etária.
Após implantar postos volantes em locais de grande circulação, como estações de metrô, trens e terminais de ônibus, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo mudou a estratégia de vacinação.
Na segunda-feira (6), alunos de escolas estaduais, municipais de educação infantil, creches, universidades públicas e privadas, e do EJA (Educação de Jovens e Adultos) da capital paulista começaram a ser vacinados.
Crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias também estão sendo imunizadas. Vale lembrar que, além da dose da campanha, este público deverá receber as duas doses da vacina preconizadas no calendário nacional de imunização, aos 12 e 15 meses de idade.
A Fehoesp (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo), que representa serviços privados, iniciou uma campanha pedindo que seus 740 mil profissionais de saúde se vacinem contra o sarampo imediatamente.
Segundo Yussif Ali Mere Jr, presidente da Fehoesp, além da vacinação, estão sendo reforçadas instruções para conter o avanço da doença.
Outra orientação é para que os serviços de emergência dos hospitais tenham um sistema de triagem rápido e seletivo. Pacientes com suspeita de sarampo devem ser separados e não ficar na mesma sala de espera de outros pacientes, para que se evite a contaminação. “Cada paciente com sarampo pode contaminar de 16 a 17 pessoas”, diz Ali Mere Jr.
A doença
O sarampo é uma doença respiratória grave e contagiosa, transmitida por tosse, espirro e saliva.
Os sintomas são febre alta, conjuntivite, tosse e o aparecimento de manchas vermelhas dois dias após o início da febre.
O paciente deve ter boa alimentação e hidratação, além de evitar as complicações da doença, que são otite, encefalite e pneumonia. (Com informações da Folhapress)