terça-feira, 27 de agosto de 2019

Morte de neto de Lula também virou 'piada' entre procuradores da Lava Jato



Procuradores da Lava Jato também zombaram da morte do neto de Lula, Arthur, de 7 anos

Mensagens vazadas indicam que procuradores da Lava Jato fizeram piada e ironizaram a morte de Marisa
A nova leva da Vaza Jato, trazida à tona nesta terça-feira (27) pelo portal UOL em parceria com o site The Intercept Brasil, também indicou que a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia foi alvo de zombarias de procuradores do MPF (Ministério Público Federal).

A notícia da morte de Arthur - a princípio apontada como ‘meningite meningocócica’ - foi compartilhada no dia 1º de março no grupo Filhos de Januário 4. Posteriormente, a causa da morte foi apontada como uma infecção generalizada originada pela bactéria Staphylococcus aureus.

“Preparem para nova novela ida ao velório”, escreveu a procuradora Jerusa Viecili. “Putz...no meio do carnaval”, respondeu o procurador Athayde Ribeiro Costa.

Em seguida, o chefe dos procuradores de Curitiba, Deltan Dallagnol, relembrou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli que só autorizou a ida de Lula ao enterro do irmão, Genival Inácio da Silva, quando este já estava sendo sepultado.

“Tem q fazer igual o Toffoli deu", diz Deltan. A opinião de Deltan é corroborada pelo procurador Orlando Martello: “Eu disse: amanhã morre o filho e vamos ter mais problemas. O neto é mesmo que filho. Tb acho que, já que tem a decisão do Toffoli como parâmetro, tem que ir nessa esteira”, afirma Martello.

A autorização judicial para que Lula fosse ao enterro do neto foi concedida pelo ministro Gilmar Mendes no dia seguinte, dia 2 de março, e compartilhada por Deltan no grupo Filho de Januários 4.

No mesmo chat, o chefe dos procuradores também encaminhou uma notícia sobre um contato telefônico feito entre Lula e o ministro, no qual o ex-presidente teria se emocionado.

“Estratégia para se 'humanizar', como se isso fosse possível no caso dele rsrs", comentou procurador Roberson Pozzobon. “Não. Estratégia para ampliar base na esquerda que é sua aliada desde a execução provisória. Ele pensa no Senado”, respondeu Deltan. “GM não dá ponto sem nó”, rebateu Jerusa, em referência ao ministro Gilmar Mendes.

Em outro grupo, intitulado Winter is Coming, a procuradora Monique Cheker, que atua no Rio, comentou a fala de Lula durante a despedida do neto.

“Fez discurso político (travestido de despedida) em pleno enterro do neto, gastos públicos altíssimos para o translado, reclamação do policial que fez a escolta... vão vendo”, diz Monique Cheker.