Uma dupla de criminosos, na Cidade do México, fez valer os eventos da série La Casa de Papel e roubou milhões em pesos mexicanos ao assaltarem La Casa de la Moneda, a Casa da Moeda do México. Os bandidos levaram 1.567 moedas de ouro — chamadas de centenários — do local. Cada moeda tem valor de face de 50 pesos, mas são comercializadas por até 31,5 mil pesos devido ao seu tom comemorativo: as moedas trazem em seu design o brasão mexicano de um lado e o icônico Angel de la Independencia, símbolo da independência mexicana da Espanha, do outro.
Pelo relatório policial, um dos homens, portando um fuzil, conseguiu invadir o local e render um dos seguranças, tomando a sua arma. O outro cuidou de abrir o cofre e armazenar os produtos roubados. O episódio é mais um que marca o período de crimes de alto padrão sofridos pelo México nos últimos anos. A mesma Casa da Moeda mexicana também foi invadida em 2018, quando passava por reforma.
As moedas roubadas nessa última ação criminosa têm valor alto devido à pureza do ouro encontrado em sua composição, que é de 90%. Traduzindo: vale muito no mercado. Segundo o jornal The Guardian, as moedas foram prensadas primeiramente em 1921 para celebrar o centenário da independência mexicana. A produção delas foi suspensa em 1931, mas retomada em 1943 devido à alta demanda por produtos em ouro.
Onda de crimes
O assalto à Casa da Moeda é apenas mais um em um período perigoso vivido pela capital mexicana: considera uma das mais seguras do país, a cidade tem sido palco de assassinatos e roubos violentos que estão mudando, negativamente, a percepção pública em relação a ela.
Em julho, dois homens israelitas foram mortos a tiros dentro de um shopping “elitizado” da Cidade do México, ao passo que, também no mês passado, o famoso boxeador Julio Cesar Chavez disse ter sido vítima de assalto à mão armada. Finalmente, na última semana, três jornalistas foram assassinados, o que trouxe atenção da mídia internacional.