sábado, 1 de junho de 2019

STF nega habeas corpus para casal Nardoni

Reprodução

A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta quarta-feira (29) um pedido de habeas corpus para redução de pena de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte de Isabella Nardoni, em 2008 -a menina foi atirada de um apartamento na região de Santana (zona norte da capital).
Segundo o STF, o 2º Tribunal do Júri de Santana aplicou a pena de 31 anos de reclusão para Nardoni, pai da menina, e de 26 anos e 8 meses para a madrasta.
Ao julgar recurso da defesa, o Tribunal de Justiça do de São Paulo reduziu a pena do primeiro para 30 anos. O STJ (Superior Tribunal de Justiça), por sua vez, manteve o período de prisão.
A defesa recorreu ao STF, alegando "abusividade e desproporcionalidade" das penas, entre outros.
Segundo a ministra, o STF entende que "o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal, salvo em caso de ilegalidade ou abuso pelo tribunal superior, o que não se verificou".

Em 2018, caso completou dez anos

O casal sempre negou a acusação, mas foi condenado pelo crime em 2010. Alexandre recebeu pena de 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão. Jatobá foi sentenciada a 26 anos e 8 meses, mas foi beneficiada com o regime semiaberto recentemente.
No mesmo ano da condenação, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, fez um intercâmbio de seis meses nos Estados Unidos, voltou para o Brasil, se casou e teve mais um filho, Miguel, hoje com quase dois anos.
“Minha vida já está bem mais reconstruída, mais sólida, mais com minha família. Hoje eu estou muito bem. […] Tenho 2 filhos. Apenas não convivo mais com um. Não substituí um filho pelo outro“, afirmou ela ao G1, dizendo ainda ter planos de engravidar novamente.
Sobre o casal Nardoni, ela disse que, mesmo dez anos depois, ainda tem dificuldades de acreditar no que aconteceu.
“Eu continuo com a mesma opinião: que é ‘cruel’ e ‘inacreditável’. […] Acreditar que a pessoa que deveria defender não o fez é difícil”, explicou.
Da FOLHAPRESS