terça-feira, 4 de junho de 2019

'Pais foram frios, perversos e a torturaram até a morte'; promotor se emociona com caso Emmanuelly




Leandro Conte, promotor do caso da menina Emanuelly, morta em 2018 aos 5 anos pelos próprios pais, fez depoimento emocionado durante o júri popular do casal. O caso está sendo julgado no fórum de Itapetininga, em São Paulo.
"Não foi fácil trabalhar no processo. Jamais imaginei que iria trabalhar num caso do tribunal do júri que deixa até o pelo da espinha arrepiado. A cada contato com o processo o coração doía”, afirmou o promotor.
O casal Débora Rolim da Silva, 24, e Phelippe Douglas Alves, 25, está atualmente preso no presídio de Tremembé, também em São Paulo, desde março de 2018, quando o crime ocorreu. Respondem por homicídio, tortura, cárcere privado da menina e fraude processual.
"Nunca imaginei uma crueldade dessas. Até o fim dos meus dias vou lembrar disso e vou ver que homem é o animal mais cruel de todos”, disse Conte durante seu depoimento.


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De acordo com o laudo lido pela promotoria aos jurados, a menina tinha múltiplos hematomas, com datas variadas. O laudo diz que alguns dos ferimentos datavam com mais de 20 dias e apareciam nos olhos, costas, peito, braços e pernas da menina. Além disso, foram encontradas diversas queimaduras de 2º grau, que aponta para tortura.

"Ela ficou confinada apanhando por 20 dias. Os pais foram frios e perversos na frente de delegado”, apontou o promotor. À Justiça, o casal afirma que bateu na menina para ‘educá-la’.