sexta-feira, 1 de março de 2019

Empresas aéreas querem reaver regalia da ‘venda direta’ de passagens ao governo



O lobby das companhias aéreas pressiona a Câmara a aprovar projeto que restabelece uma mamata instituída no governo Dilma: a “compra direta” de passagens pelo governo federal. A pretexto de “economia”, ao eliminar a intermediação das agências de viagem, a jogada dispensa empresas aéreas de reter imposto na fonte, dribla a lei de licitações e as torna os únicos fornecedores do governo a receberem à vista, até antecipado, por meio dos chamados “cartões corporativos”. 
A exclusão das agências de viagem não reduz os preços. Apenas dispensa as empresas aéreas de pagar comissões a essas empresas.
Se a manobra for restabelecida, as empresas aéreas terão mais de 600 órgãos públicos pagando passagens à vista, tarifa cheia.
O esquema começou com a suspeitíssima MP 651/14, assinada por Dilma, após proveitosa reunião com representantes das aéreas.