quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Taurus PN dispara mais de 10% antes de decreto sobre armas

Revólver Taurus em loja de armas na Suíça
10/08/2016
REUTERS/Arnd Wiegmann

As ações preferenciais da fabricante de armas Taurus dispararam mais de 10 por cento nos primeiros negócios desta terça-feira, quando se espera que o presidente Jair Bolsonaro assine o decreto de flexibilização de posse de armas no país, uma de suas promessas de campanha.

Por volta das 10:58, os papéis reduziam os ganhos para 1,3 por cento, a 8,41 reais, e estavam leilão, com muitos investidores aproveitando para realizar lucros, após a cotação mais do que dobrar desde o começo do ano. Até a véspera, as preferenciais contabilizavam em 2019 um ganho de 104,94 por cento.

As ações ordinárias, que têm menos liquidez, ainda subiam 5,4 por cento, a 9,35 reais. No ano, essas ações acumulavam valorização de 85,8 por cento até a segunda-feira.

Em 2018, as preferenciais saltaram 88,37 por cento e as ordinárias dispararam 146,91 por cento, em grande parte apoiadas em sinalizações de Bolsonaro, no sentido de ampliação de investimentos em segurança pública e liberalização nas regras para concessão de posse de armas.

A companhia também divulgou na semana passada que seu conselho de administração aprovou acordo preliminar com autoridades norte-americanas para encerrar processo nos Estados Unidos relacionado a seus produtos.

A Taurus, que afirma ser uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo, encerrou os nove meses até setembro de 2018 com receita líquida 623,5 milhões de reais, mas prejuízo consolidado de 44,6 milhões de reais.

As vendas líquidas de armas nos 9 primeiros meses do ano passado totalizaram 613,6 milhões de reais, alta de 17,4 por cento em relação ao mesmo período de 2017, com as vendas nos mercados interno e externo registrando aumentos de 73 e 10,4 por cento, respectivamente, segundo o balanço da empresa.