sábado, 26 de janeiro de 2019

Estudantes adaptam cadeira de rodas a bicicleta



Atentos às oportunidades do mercado de produtos voltados à inclusão de deficientes, seis alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Pref. Alberto Feres, de Araras, desenvolveram um dispositivo para acoplar cadeiras de rodas a bicicletas, proporcionando uma nova opção de lazer para pessoas com mobilidade reduzida.
Trata-se de um equipamento à base de aço de carbono para ser instalado no lugar do guidão e da roda, permitindo o encaixe da cadeira de rodas na parte da frente da bicicleta. Enquanto o ciclista pedala, ele controla a direção utilizando a própria cadeira de rodas.
Elaborado pelos estudantes Aldo Ventura, Carlos Aparecido Costa, Felipe da Silva, Gustavo Ricci, Matheus Uccella e Rafael Basqueira, do curso técnico de Mecânica, o projeto foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), orientado pelo professor Jorge Luiz Giorgiano.
Rafael explica que o experimento foi inspirado em um modelo europeu que custa cerca de mil reais. “O diferencial do nosso projeto é a fácil instalação, utilizando parafusos manípulos que dispensam o uso de ferramentas. Além disso, gastamos menos de R$ 150 em materiais para o protótipo. Em escala industrial, o preço para o consumidor final deve chegar a um valor ainda mais acessível”, ressalta. Veja o vídeo. Os alunos buscam parcerias para fazer com que o projeto se transforme em um produto e seja comercializado.
“O equipamento pode se tornar um grande aliado no tratamento médico, contribuindo também para a autoestima do cadeirante com uma nova possibilidade de diversão e lazer”, explica o orientador Jorge Giorgiano. “Curtir o vento no rosto durante uma pedalada é uma ótima terapia para qualquer pessoa”, acrescenta.

Feira Tecnológica
O kit para adaptação de cadeiras de rodas a bicicletas foi um dos projetos apresentados na 12ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps). O grupo participou da Categoria 5 –Tecnologia Industrial Mecânica.
“Com mais de 45 milhões de deficientes, somados ao envelhecimento da população no Brasil, o mercado de tecnologias assistivas atrai cada vez mais estudantes com ideias inovadoras querendo criar startups”, afirma a assessora de Inclusão da Pessoa com Deficiência do CPS, Alessandra Costa.