quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Juíza de Curitiba acolhe parece da PF e veta ida de Lula ao enterro de Vavá



A juíza responsável pela execução penal do ex-presidente e presidiário Lula, Carolina Lebbos, acoheu parecer da Polºicia Federal e decidiu recusar solicitação para o político ir ao enterro do irmãoGenival Inácio da Silva, o Vavá, que faleceu de câncer nesta terça-feira (29). Lula não foi ao sepultamento de outros dois irmãos falecidos em 2004 e 2005, quando ainda estava solto e era presidente da República. No caso de um dos irmãos mortos, no dia do enterro Lula preferiu participar de um encontro de confraternização.
O superintendente da PF em Curitiba, Luciano Flores, afirmou que, após as análises de risco, não seria possível promover o deslocamento e escolta de Lula até São Paulo garantindo a integridade do ex-presidente, bem como a ordem pública.
Segundo a PF, a medida seria “pouco recomendável”, “tomando-se por base única e principalmente o resguardo da incolumidade física do custodiado e da ordem pública”.
Entre os problemas apontados pelo órgão, estão a ausência de helicópteros que fizessem o transporte do ex-presidente até São Paulo (já que, segundo a PF, os helicópteros do órgão que não estão em manutenção estão sendo usados no resgate de vítimas em Brumadinho), a ausência de policiais militares e federais disponíveis para “garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor” e as possibilidades de fuga, atentados contra Lula, comprometimento da ordem pública e protestos contra e a favor do petista.
“É importante que Lula seja mantido a longa distância de aglomerações, já que esse fato pode desencadear crises imprevisíveis, assim como os fatos que ocorreram quando de sua prisão, em abril de 2018”, afirma o órgão.
A defesa do ex-presidente que cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro ainda recorre ao TRF (Tribunal Regional Federal) para reverter a decisão.