sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Professora será indiciada por homicídio no caso de menina asfixiada com bolsa em escola de Nova Esperança, diz delegado

Criança que ficou em estado grave após se enforcar em escola de Nova Esperança foi transferida para Maringá — Foto: Reprodução/RPC

A professora responsável pela criança de 1 ano e 11 meses, que morreu após se asfixiar com uma bolsa em uma escola particular de Nova Esperança, no noroeste do Paraná, será indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, segundo o delegado Leandro Farnese Teixeira.

O acidente aconteceu em 14 de dezembro. A menina estava desacordada quando foi socorrida e foi reanimada no hospital da cidade. Depois, ela foi transferida para o Hospital Universitário de Maringá, no norte do estado, onde teve a morte encefálica confirmada cinco dias depois.

O relatório final do inquérito deve ser concluído ainda nesta quinta-feira (17) e encaminhado para o Fórum nesta sexta-feira (18). Com a conclusão da investigação, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) analisa o caso e pode pedir o aprofundamento das investigações, o arquivamento do caso ou apresentar uma denúncia à Justiça.

As investigações

De acordo com Teixeira, o inquérito narra o que aconteceu de acordo com as evidências apuradas pela polícia.

“O que foi narrado e evidenciado: a altura do gancho, associada à altura da mochila e à altura da criança propiciou que ela entrelaçasse o pescoço e, quando ela tentou se deslocar, o peso do próprio corpo puxou ela, com a força da gravidade, e causou o enforcamento”, descreveu.

De acordo com o delegado, o enforcamento causou a falta de oxigenação cerebral, que evoluiu para um edema cerebral. Qualquer outro tipo de lesão foi descartado pela investigação.

“O que se concluiu é que a professora estava dentro da sala, estava preenchendo documentação, a criança realmente entrelaçou o pescoço e causou o enforcamento. A professora viu no instante seguinte, correu, só que levou um tempo para deslocar até o outro lado da sala, pegou ela no colo, mas já tinha havido constrição da carótida, que causa a falta de oxigenação”, informou o delegado.