sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Bolsa fecha acima de 91 mil pontos em 1º pregão de governo Bolsonaro



 otimismo dos investidores com os discursos da equipe econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro levou a Bolsa de Valores a bater a máxima histórica nesta quarta-feira, 2. O Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 3,56% e fechou no recorde de 91.012 pontos. O recorde anterior havia sido de 89.820 pontos. O volume financeiro foi de R$ 17,3 bilhões, acima da média diária de 2018. Na máxima do dia, a Bolsa chegou a subir mais de 4%, reflexo da euforia de investidores com o noticiário econômico vindo de Brasília à medida que ministros tomavam posse e faziam seus primeiros discursos.
A alta foi desencadeada pela valorização de quase 20% nas ações da Eletrobras, após a posse do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na cerimônia, ele afirmou que o processo de capitalização da companhia, iniciado no governo de Michel Temer, será levado adiante.
Além disso, o atual presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, disse que foi convidado a permanecer à frente da companhia e aceitou.
A disparada dos papéis da estatal levou à reboque a Petrobras, que avançou quase 6% no pregão e ajudou a sustentar a alta. Papéis do setor bancário e ações de empresas de educação também tiveram ganho expressivo nesta quarta.
A Bolsa ganhou um segundo gatilho de alta quando o PSL, partido de Bolsonaro, anunciou apoio formal à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados. Na prática, a articulação com o político mostrou ao mercado a preocupação do governo Bolsonaro em construir maioria na Câmara para aprovação de reformas.
“A articulação política do Maia é muito cara e importante para a reforma da Previdência”, diz Victor Candido, economista-chefe da Guide Corretora.
Neste ambiente já muito favorável, quando Paulo Guedes começou a discursar durante sua nomeação como Ministro da Economia, após das 15h30, a Bolsa não encontrou espaço para novos ganhos.
Também refletindo o bom humor dos investidores, o dólar caiu 1,70% e fechou cotado a R$ 3,8110, no menor patamar desde o final de novembro. Em dezembro, o Banco Central precisou intervir no mercado para suavizar a disparada da moeda.
No exterior, a quarta foi volátil: os índices americanos iniciaram o pregão em forte queda, chegaram a trabalhar no positivo com afirmações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as negociações com a China para por fim à guerra comercial estão avançando. Na Europa, as Bolsas fecharam sem direção definida, mas com resultados bastante melhores que as perdas registradas durante o pregão.
De uma cesta de 24 divisas emergentes, o real foi a que mais se valorizou ante o dólar. De forma geral, o dia foi negativo para moedas, com 16 delas se desvalorizando ante a americana.