terça-feira, 17 de setembro de 2019

Eles têm a força: CPI dos Planos de Saúde ‘morreu’ antes mesmo de ser criada

A Agemed e Assistência Médica Infantil (AMI) são as duas operadoras mais afetadas Foto: EBC

O poderoso lobby dos planos de saúde, que faturam R$175 bilhões por ano, não apenas consegue tornar dóceis os órgãos oficiais criados para fiscalizá-las, como sufoca qualquer tentativa de investigação. Em 2018, senadores emplacaram uma CPI para investigar os aumentos abusivos de planos de saúde. A então senadora Lídice da Mata (PSB-BA), hoje deputada, foi a autora. Mas a CPI nunca saiu do papel. 
A CPI dos Planos de Saúde foi criada na prática em julho de 2018. Seis meses depois, “morreu” sem nenhum senador indicado.
Em 2017, planos de saúde aumentaram em média 13,5%, quase cinco vezes a inflação de 2,9%. Não foram processados por crime de usura.
Um dos objetivos da CPI era investigar por que a Agência Nacional de Saúde Suplementar é tão leniente com os planos que deveria fiscalizar.
“A ANS está mais preocupada com o pleito dos planos de saúde”, disse Lídice da Mata. E não está nem aí com os cidadãos, faltou dizer.