sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Câmara aprova regime de urgência sinaliza ser contrária a importação lesiva de etanol

Usina São Martinho, Fábrica de Açucar e Etanol. Foto: Marco Aurélio Esparz via Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0

A Câmara fez importante sinalização, nesta quarta (11), ao aprovar por larga margem (319 x 101 votos) o regime de urgência para votação do projeto de decreto legislativo (PDL) que suspende o aumento de importação de etanol, sem impostos, de 600 para 750 mil litros. A medida é altamente prejudicial aos produtores nacionais. Trata-se de uma jogada de usineiros paulistas, que estão na entressafra, para impor prejuízos aos produtores do Nordeste no auge da safra.
A produção nacional de etanol é suficiente para todo o País, enquanto o álcool importado, à base de milho, é “podre”, altamente poluente.
O lobby paulista “vendeu” ao governo que o aumento da importação de etanol, na véspera da visita de Eduardo Bolsonaro, agradaria os EUA.
A importação sem impostos é crime de lesa-pátria: lesa produtores que pagam alta carga tributária e empregam 500 mil pessoas no Nordeste.
A posição favorável ao aumento da importação de etanol mostrou que o Partido Novo, como usineiros paulistas, não gosta do Nordeste.