domingo, 29 de julho de 2018

Cresce o número de países afetados pela manipulação da opinião pública por redes sociais



A ação de partidos e governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais já atingiu 48 países no último ano, como aponta um estudo da Universidade de Oxford, do Reino Unido. Em relação ao último balanço divulgado há um ano, o número cresceu em 20 países – impulsionado principalmente pela América Latina e o sudeste asiático.
Segundo a pesquisa, grupos atuam na disseminação de fake news, criando perfis falsos para aumentar a importância de determinados assuntos e candidatos. Para propagandas a públicos específicos, são usados análises de dados. Desde 2010, os 48 países citados já gastaram US$ 500 milhões – cerca de R$ 1,85 bilhão – para montar essas estruturas de manipulação da opinião pública.
Esses grupos atuaram na maior parte das eleições disputadas nos últimos anos: na Alemanha, Itália, Rússia, México, Colômbia e Chile. Mesmo em casos de ditaduras – como Cuba e Venezuela – a manipulação também ocorre. E a tendência é de que aconteça o mesmo nas eleições brasileiras disputadas em outubro deste ano. “Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil”, afirmou uma das autoras do estudo Samantha Brown.