domingo, 29 de julho de 2018

Presidentes não são substituídos para ir ao Brics



A regra cômica da posse do substituto imediato, quando o presidente se ausenta do País, fez Michel Temer pagar o mico de abandonar a reunião de presidentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Joanesburgo, porque o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB) precisava retornar ao País para a convenção do seu partido no Ceará, e automaticamente assumiria o cargo tão logo ingressasse o espaço aéreo brasileiro. Com isso ficaria inelegível em outubro.
Países que integram o Brics, por exemplo, não têm essa regra boba do Brasil: quando viajam, seus presidentes governam à distância.
Na Rússia, nem há vice, e ninguém assume o cargo do presidente que viaja. Só há substituição nos casos de renúncia, morte ou cassação.
Na Índia, o vice só assume se o titular morrer, renunciar ou for derrubado pelo parlamento ou a Suprema Corte.
Na China não há vice e ninguém assume quando o chefe viaja.
Igual ao Brasil apenas a África do Sul: presidente só governa em território nacional.