segunda-feira, 23 de julho de 2018

Vacinas.......Pessoas se descuidam e o perigo esta de volta.

 | Rodrigo Nunes/MS

Tido como modelo mundial de política pública eficaz nas últimas décadas, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) está a perigo. Uma série de fatores – em que se destacam a crise econômica; a despreocupação com doenças controladas anos atrás; e a complexidade do esquema vacinal do Brasil – levou o país aos níveis mais baixos de cobertura dos últimos 24 anos.


A situação já é conhecida das autoridades há algum tempo, mas iniciativas mais concretas só foram colocadas em prática depois do início de um surto de sarampo na Região Norte e um alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) emitido em abril.
Na última terça-feira (17), o Ministério da Saúde (MS) informou que os dois surtos de sarampo no país – no Amazonas, com 444 casos, e em Roraima, com 216 – são de vírus importados da Venezuela, conforme comprovação do fenótipo. Outros casos isolados, e também importados, estão em Rondônia (1), São Paulo (1), Rio de Janeiro (33) e Rio Grande do Sul (2).

Sarampo preocupa porque cobertura vacinal contra a doença está baixa em todo o país

De todo o modo, a preocupação das autoridades é grande, já que a cobertura vacinal contra a doença está baixa em todo o país, o que permitiria a proliferação rápida da doença. A meta de vacinação é de 95%, mas os dados disponíveis indicam que, agora em 2018, a primeira dose da vacina atingiu apenas 60% da população. Há ainda 2.724 casos em investigação.
Neste momento, o Brasil se esforça para manter um certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, concedido em 2016 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). As autoridades sanitárias estão convocando toda a população para atualizar a carteira vacinal – saiba como fazer isso. Também será realizada uma campanha nacional de vacinação de 6 a 31 de agosto, com foco nas crianças de 1 a 5 anos.
No Amazonas e em Roraima, essa iniciativa foi antecipada, e também estão sendo executadas ações de bloqueio vacinal, que inclui a imunização dos estrangeiros presentes em postos da Polícia Federal; varredura (com visitação casa a casa); e isolamento de casos suspeitos.