quinta-feira, 2 de junho de 2022

Lula venceria em 1º turno com 52% dos votos válidos, mostra agregador


















Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria no primeiro turno? O agregador de pesquisas do Estadão, que a partir desta quinta-feira, 2, passa a mostrar a taxa de votos válidos dos candidatos, mostra que o petista teria chances, mas com uma margem muito apertada.

Na Média Estadão Dados de votos válidos, formada a partir de dados e linhas de tendências de todas as pesquisas recentes, Lula aparece com 52%, contra 33% de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato necessita da maioria absoluta dos válidos, ou seja, 50% mais um.

O candidato do PT, portanto, poderia vencer no primeiro turno, mas é importante ressaltar que o agregador mostra o ponto médio de uma estimativa feita com base em várias pesquisas, cada uma delas sujeita a margens de erro. Sempre há incertezas envolvidas.

Agregador de pesquisas

Por fim, nunca é demais lembrar que pesquisas são um indicador do que acontece neste momento ou no passado recente, e não uma projeção do futuro. Ainda faltam quatro meses para as eleições.

No agregador, são considerados votos válidos aqueles declarados para algum dos candidatos - não entram na conta as manifestações dos indecisos e dos que não pretendem votar em ninguém. Na eleição, os válidos são todos menos os brancos e nulos.

Considerando os votos totais, ou seja, também os dos indecisos e dos que pretendem anular, Lula tem 47% na Média Estadão Dados, 17 pontos porcentuais a mais que Bolsonaro, com 30%. Ciro Gomes (PDT) vem a seguir, com 7%. Há um empate entre André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), ambos com 2%. Outros concorrentes, somados, chegam a 3%.

O agregador do Estadão usa dados de todas as pesquisas, levando em conta suas peculiaridades metodológicas, para calcular a Média Estadão Dados - o cenário mais provável da disputa a cada dia, de acordo com nosso modelo.
A média de cada candidato não é a simples soma dos resultados e divisão pelo número de pesquisas. O agregador controla diversos parâmetros e dá pesos diferentes aos levantamentos para impedir que números destoantes ou desatualizados puxem um dos concorrentes para cima ou para baixo.

A série histórica do agregador tem dados divulgados pelas seguintes empresas: Datafolha, Ipec (o antigo Ibope), Quaest, Paraná Pesquisas, Vox Populi, Sensus, MDA, PoderData, Ipespe, Ideia, Futura, FSB, Gerp e Real Time Big Data. As seis primeiras fazem pesquisas presenciais, ou seja, seus entrevistadores abordam as pessoas face a face, na rua ou em suas casas. As sete últimas promovem sondagens por telefone. O MDA usa os dois métodos.

A forma como os dados são coletados tem influência significativa nos resultados. Na média, pesquisas telefônicas tendem a subestimar a taxa de intenção de votos em Lula e a superestimar a de Bolsonaro. É possível que isso aconteça porque sondagens feitas por telefone tenham mais dificuldades de aferir a opinião dos mais pobres - segmento em que o petista se sai melhor.