quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Não houve nenhum ataque bem-sucedido às urnas eletrônicas nos testes públicos realizados, diz Barroso












 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou, nesta segunda-feira (29), que dos 29 ataques realizados às urnas eletrônicas na 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS), cinco conseguiram passar por uma das barreiras de segurança. Segundo o presidente do órgão, ministro Luís Roberto Barroso, nenhum deles foi bem-sucedido.

Dos 29 planos, 24 não obtiveram qualquer sucesso. Não conseguiram ultrapassar nenhuma barreira de segurança. 5 encontraram achados, algum ponto que pode ser aperfeiçoado. Nenhum deles verdadeiramente grave, considerado grave qualquer coisa com potencial de afetar o resultado das eleições”, disse Barroso.

O ataque mais grave foi o quinto, realizado por peritos da Polícia Federal que conseguiram invadir a rede de transmissão de votos das urnas e entrar na rede do TSE. Entretanto, os técnicos não conseguiram mexer no sistema e nem adulterar nenhum voto. De acordo com Barroso, “a entrada já é uma preocupação”, que será averiguada pelo órgão.

Eis a lista de ataques considerados relevantes pelo TSE.

  1. Painel falso: acoplado sobre o painel real da urna, o painel falso permitiria quebrar o sigilo do voto ao identificar o eleitor e seu voto. O ataque não tem condições de interferir no resultado pois o painel falso não foi capaz de contabilizar votos. A execução do ataque foi considerada improvável, pois iria requerer que uma pessoa acessasse a urna, acoplasse o painel sem que ninguém percebesse e depois retornasse para retirá-lo.
  2. Boletim de urna: ataque foi capaz de desembaralhar as informações do Boletim de Urna, que são remetidos ao TSE ao final da eleição. Os dados são embaralhados pelas urnas e são desembaralhadas no tribunal após as eleições. O ataque conseguiu enviar os dados sem embaralhar o resultado. TSE cogita retirar essa função: a assinatura digital do boletim já garante a segurança necessária.
  3. Rede de transmissão: ataque conseguiu “saltar” a barreira de segurança da rede de transmissão e chegar até a “porta” da rede do TSE, mas não conseguiu acessar.
  4. Fone de ouvido: ataque permitiu transmitir as informações repassadas pela urna a pessoas com deficiência visual via bluetooth. As urnas contam com entrada de fone de ouvido para auxiliar tais eleitores. Para o ataque ser bem sucedido, porém, seria preciso acoplar um equipamento na parte externa da urna, que é vista pelos mesários a todo o tempo.
  5. Rede do TSE: Ataque conseguiu ultrapassar a barreira de segurança da rede de transmissão e acessar a rede do TSE, mas não conseguiu interferir ou adulterar informações ou chegar ao sistema de votação.

Em maio de 2022 será realizado o chamado “teste de confirmação”, que irá averiguar se as mudanças realizadas no sistema das urnas eletrônicas foram efetivas.

CNN Brasil