terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O sobe e desce das pesquisas: como os principais presidenciáveis se saíram em 2021














O presidente Jair Bolsonaro (PL) começou 2021 como líder das pesquisas eleitorais, mas ao longo do ano perdeu espaço para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que viu seus números de intenção de voto dispararem depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, em abril, os processos que o tornaram inelegível em 2018.

Analisando os dados de quatro institutos de pesquisa que consultaram os eleitores com frequência e regularidade neste ano – Ipespe, Atlas, PoderData e Datafolha –, a diferença entre os dois principais pré-candidatos à Presidência da República em 2022 está entre 6 pontos percentuais (PoderData) e 30 pontos percentuais (Datafolha), consideradas as margens de erro, com vantagem para o petista.

O ex-juiz Sergio Moro colheu bons resultados após sua filiação ao Podemos, em novembro último, mas ainda aparece estagnado na comparação com o começo de 2021. Nos últimos meses ele registrou oscilações positivas, embora ainda seja cedo para dizer se há uma tendência de crescimento consistente.

Segundo o Atlas Político, em novembro Moro aparecia com vantagem de 7 pontos (máxima de 11 pontos e mínima de 3, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais) sobre o pedetista Ciro Gomes. Os outros dois institutos, porém, ainda mostravam empate técnico entre os dois pré-candidatos que disputam a terceira colocação nas pesquisas, ainda que com vantagem de Moro.

Os demais presidenciáveis não conseguiram deslanchar em 2021, a exemplo de Ciro, João Doria (PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD) e Simone Tebet (MDB) – esses dois últimos só passaram a ser cotados nas pesquisas eleitorais a partir da metade final de 2021. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) também ficou para trás e já deu indicativos de que não concorrerá mais ao cargo máximo do Executivo. Outros nomes que aparecem pouco nos levantamentos – e com números baixos – são Felipe D’Ávila (Novo) e Alessandro Vieira (Cidadania).

Cabe ressaltar que as pesquisas eleitorais não são uma previsão do resultado das eleições, mas sim uma fotografia do que poderia ocorrer caso o pleito fosse realizado no dia em que as perguntas foram feitas aos eleitores selecionados pelas amostragens dos institutos – as quais são representativas do universo de eleitores brasileiros.

Especialistas afirmam que, faltando mais de dez meses para as eleições, as pesquisas servem, principalmente, para testar nomes e ajudar a definir estratégias partidárias. Os números refletirão melhor o cenário eleitoral a partir do segundo semestre do ano que vem, após a oficialização das candidaturas.