quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Colheita de trigo movimenta R$ 325 milhões na região

 


Com cotação recorde e um boa produção, a safra de trigo deve movimentar neste ano quase R$ 325 milhões na região. A safra é estimada em pouco mais de 320 mil toneladas nos municípios dos Núcleos Regionais da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) de Ivaiporã e Apucarana, um aumento de 27,5% no volume de produção, mas de 84% no valor comercializado. 

Na região de Ivaiporã, o Departamento de Economia Rural (Deral) para uma safra total de grãos de 174 mil toneladas, que deve render para os produtores R$ 188,5 milhões, 62% a mais que a temporada passada quando os produtores colheram 134 mil toneladas e receberam R$ 116 milhões pelo produto. 

O volume de recursos envolvidos na colheita do trigo nesta temporada é recorde principalmente por conta da valorização do dólar e alta cotação do produto. Na manhã ontem, a saca de 60 quilos estava sendo cotada em R$ 67 na região. Em 2019 nesta mesma época, o produto era comercializado em torno de R$ 47.

Na safra do ano passado, além do preço mais baixo, a cultura também sofreu com as geadas no mês de julho e estiagem, um período de mais de 80 dias sem chuva, que resultou na quebra de 48,57% da produção esperada. 

Conforme o agrônomo do Deral de Ivaiporã, Sergio Carlos Empinotti, neste ano assim como na safra passada, a produtividade do trigo também foi prejudicada pela estiagem prolongada, e após as chuvas em agosto houve incidência de pragas e doenças. 

“Neste ano as perdas foram menores que 2019 e, apesar dos problemas climáticos nesta temporada, os produtores tiveram um rendimento razoável. A média de rendimento atual de 117 sacas por alqueire é considerada boa para o momento, já que o preço pago pelo trigo é recorde e está compensando a perda com a quebra”, assinala Empinotti. 

Ainda segundo Empinotti, os preços do trigo estão em movimento de alta desde o fim do ano passado. “Influenciado principalmente pelo dólar que se encontra elevado, por dificuldades na importação e a demanda interna que segue firme”, analisa Empinotti.