sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Bebê recém-nascida passa por cirurgia considerada inédita no Paraná para retirar tumor no pescoço: 'Saiu sem nenhuma sequela'


 




















O planejamento, a determinação de uma equipe médica e a ajuda da tecnologia garantiram o sucesso de um parto e a saúde de uma bebê, em Curitiba.

Foi no meio da gravidez que a mãe recebeu uma notícia fora dos planos. Em uma sala de ultrassom, Aline Bueno descobriu que sua filha Antonela pesava 600 gramas, e um tumor ocupava 60% da área do pescoço dela.

Uma situação rara que colocou em risco a vida da bebê. Conforme ela se desenvolvia na barriga, o tumor também crescia e pressionava o sistema respiratório e digestivo dela.

"Esse bebê não conseguia deglutir intrautero. Quando o bebê está dentro da barriga ele precisa engolir o líquido amniótico. Se líquido aumenta demais, o útero sente como se a gestação dela estivesse chegando ao final", explicou Cláudio Gomes, médico especialista em medicina fetal.

Uma equipe médica com vários especialistas passou a acompanhar cada fase da gravidez.

Para planejar o parto, os médicos utilizaram de imagens em 3D para ter uma dimensão do tumor. A mãe recebeu anestesia geral, e os médicos conseguiram retirar a bebê.

Mas, mesmo assim, a Antonela ficou conectada com a mãe pelo cordão umbilical, por onde o bebê recebe o oxigênio, até que os médicos entubassem a recém-nascida.

Uma biópsia mostrou que o tumor era benigno. A bebê vai continuar sendo acompanhada e está saudável.

"Toca bastante porque a gente se depara com casos complicados que, às vezes, a gente não consegue intervir. E quando a gente consegue efetivamente intervir e ter êxito, esse é o motivo pelo qual a gente passou por tudo isso", concluiu Gomes.