quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Dodge defende arquivar inquérito de Aécio



A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu em manifestação encaminhada ontem ao STF que seja arquivado o inquérito sobre Aécio Neves, no qual ele era investigado sob suspeita de ter atuado para maquiar fatos ilícitos dos tucanos para esconder a relação do partido com o Banco Rural na CPMI dos Correios, em 2005.
A CPMI investigava pagamentos feitos pelo PT à base de apoio do então presidente, Lula (PT). À época, Aécio era governador de Minas Gerais. O esquema que o Banco Rural tinha com o PT, de adiar sucessivamente a cobrança do empréstimo, também funcionava com o PSDB de Minas, de acordo com decisões judiciais do Supremo.
Dodge diz que a Polícia Federal não encontrou provas que comprovem as declarações feitas pelo ex-senador petista Delcídio do Amaral em acordo de delação assinado em fevereiro de 2016. Segundo Delcídio, que presidiu a CPMI, Aécio enviou o então deputado federal, Eduardo Paes (PSDB-RJ), para negociar com ele para que o Banco Rural enviasse dados maquiados dados sobre empréstimos feitos aos tucanos.