sábado, 22 de setembro de 2018

Temas polêmicos devem prevalecer na Assembleia Geral da ONU, dia 24



Às vésperas da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), cuja abertura está prevista para a próxima segunda-feira (24), a expectativa é de que haverá momentos de divergências. Em debate, a crise dos imigrantes, ameaças à democracia, riscos de conflitos bélicos, além de questões relativas à igualdade de gênero e ao assédio sexual.
O encontro deve reunir presidentes e primeiros-ministros de 128 países, incluindo o anfitrião, o presidente norte-americano, Donald Trump, e o brasileiro, Michel Temer. Por tradição desde 1947, o Brasil faz o discurso de abertura da sessão. Temer também vai participar de reuniões paralelas tanto bilaterais como multilaterais.
Entre as lideranças nas Américas, devem predominar as discussões sobre a crise na Nicarágua e o êxodo venezuelano, além das negociações entre Mercosul e União Europeia, assim como a crise econômica que a Argentina atravessa em meio às negociações com o Fundo Monetário Internacional, à elevada taxa de juros, à queda do valor do peso e aos altos níveis de desemprego.
Do lado norte-americano, Trump pretende defender a adoção de sanções ao Irã e à Coreia do Norte em nome da preservação da paz e contra as ameaças de guerras. No ano passado, ao discursar, ele mandou recados aos adversários políticos mundiais, incluindo os líderes iraniano, norte-coreano e venezuelano.

Ameaças

Para o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, a entidade não pode perder o foco de seus objetivos: garantir a paz mundial e assegurar a democracia: “A reunião ocorre em um momento de crescentes ameaças contra as forças de paz”.