quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

DEU EM NADA O CASO DE DIPLOMATA MILITANTE QUE INSULTOU ANTIPETISTAS E ACUSOU 'GOLPE'



Saiu barato para o diplomata Milton Rondó Filho, “punido” com apenas sete dias de suspensão, aproveitar-se do setor onde atuava, no Ministério das Relações Exteriores, para fazer militância partidária e transmitir telegramas institucionais mentirosos a vários postos no exterior, insultando críticos do PT e “alertando” para um “golpe” em curso no País, quando a então presidente Dilma Rousseff enfrentava processo de impeachment. Um dos textos acusava os milhões de brasileiros que pediram o impeachment de Dilma de “fascistas, nazistas, racistas” etc. 
O caso foi revelado na coluna do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, e diante da omissão da cúpula do Itamaraty, o então chanceler Mauro Vieira foi convocado a prestar esclarecimentos sobre o assunto à Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.
O então chanceler Mauro Vieiera confirmou que “o servidor não solicitou autorização superior para o envio dos telegramas”, e que as correspondências enviadas por Rondó foram desautorizadas e "tornadas sem efeito", por meio de comunicações enviadas no mesmo dia 18 às representações brasileiras. Na ocasião, o diplomata militantes foi apenas “admoestado” pelo então secretário-geral do Itamaraty, Sérgio Danese. Após quase dois anos de "apuração", a Corregedoria do serviço Exerior do Itamaraty aplicou no irresponsável uma "punição" de sete dias de suspensão.
Conhecido pela militância partidária inclusive nas redes sociais, Rondó chefiava desde 2004, no governo Lula, uma “coordenação de combate à fome” irrelevante, para difundir programas eleitorais do PT. Ele era ligado aos setores mais radicais do partido e a seus representes, como o ex-ministro do Trabalho Miguel Rossetto, integrante de uma das facções “porraloucas” do PT.
Vieira pediu adiamento do seu depoimento à CRE e alegou que caberia à Corregedoria do Serviço Exterior (COR) “constituir Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (CPAD), instância encarregada de apurar a conduta do servidor, avaliar sua responsabilização e definir eventual penalidade disciplinar, na forma da lei". Parecia enrolação, e era: tudo acabou em pizza, prevalecendo o corporativismo do Itamaray