
Em 17 de maio, a tesouraria da JBS comprou R$ 35,6 milhões em ações da empresa. No mesmo dia, após o fechamento do pregão, notícias sobre a delação de Joesley e Wesley Batista vieram à tona. Contudo, enquanto a empresa comprava suas próprias ações, os acionistas controladores se desfaziam de papéis. As vendas em 17 de maio totalizaram R$ 35,114 milhões. Na véspera, dia 16, os controladores venderam R$ 9,957 milhões em ações da JBS.
O advogado da Associação de Acionistas Minoritários (Aidmin), Marcio Lobo, do escritório Jorge Lobo Advogados, afirma que as operações configuram crime de manipulação no mercado financeiro, uma vez que o controlador acabou segurando os preços das ações. "O crime de utilização de informação privilegiada é flagrante, não só com as operações no mercado de ações como também no cambial. Agora, esta nova informação mostra que também houve manipulação dos preços das ações", disse