quinta-feira, 22 de junho de 2017

POLÊMICA! Profissionais de educação física condenam PL que exige posto médico em academias

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Em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços Câmara dos Deputados, profissionais de educação física e representantes de academias de ginástica e prática esportiva pediram nesta quinta-feira (22) que seja rejeitado o Projeto de Lei 4667/16, que determina que todos os estabelecimentos para prática de exercícios físicos tenham posto médico habilitado para fazer ressuscitação cardiopulmonar e atender casos de urgência.

Segundo a justificativa do autor do projeto, deputado Francisco Floriano (DEM-RJ), a medida "é crucial para a sobrevivência de vítimas de parada cardiorrespiratória". O autor cita casos publicados na imprensa de mortes súbitas ocorridas em academias e argumenta que o atendimento rápido, sob fiscalização da vigilância sanitária, pode evitar os óbitos.

O presidente da Associação Brasileira de Academias (Acad), Gustavo Borges, fez um apelo aos parlamentares para que a proposta não seja aprovada. O atleta argumentou que leis com essa atrapalham o setor, que ao ser obrigado a instalar uma estrutura médica em suas unidades, pode gerar o aumento dos custos, promover o desemprego e reduzir o acesso de pessoas à atividade física.

Segundo a Acad, no Brasil funcionam cerca de 34 mil academias, o que coloca o país em segundo lugar no mundo em número de estabelecimentos dessa natureza. Borges afirmou ainda que o Brasil não tem médicos suficientes para atender a demanda e a medida poderia agravar a situação da saúde no país. "Quanto mais saudável é a população, menos vamos gastar com remédios e seguros de saúde", disse.