segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Tubaína com o presidente
















A descortesia do presidente Jair Bolsonaro ao indicar o substituto do ministro Celso de Mello 12 dias antes da vacância do cargo no STF foi uma desforra a um algoz e muito mais. A real e indisfarçável urgência é acelerar o pouso, em mãos aveludadas, dos casos espinhentos para ele e sua prole.

A pressa é tamanha que na mensagem publicada no Diário Oficial da sexta-feira, dia 2, Bolsonaro, que sempre negou a emergência ditada pela Covid-19, usa o “estado de calamidade pública decorrente da pandemia” para justificar o encaminhamento antecipado do nome do desembargador Kassio Nunes Marques para a apreciação do Senado. Tudo embalado em um acordo prévio com gente que Bolsonaro jurava – com os dedos cruzados – não se render jamais.