domingo, 19 de julho de 2020
Cresce o temor de operação da PF na força-tarefa Lava Jato; PGR nega
A Procuradoria-Geral da República (PGR) negou nesta sexta-feira (17) que esteja planejando uma operação policial no escritório da advogada Rosângela Moro, a Janja Moro, mulher do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. A PGR afirma que não passa de fake news da revista Veja, que anunciou a preparação de uma suposta busca e apreensão em Curitiba.
Janja Moro foi sócia do advogado Carlos Zucolotto, seu amigo e padrinho de casamento, alvo de delação premiada do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran.
Os procuradores da força-tarefa veem objetivo político da PGR, que, segundo eles, visa minar a Lava Jato, a candidatura de Sérgio Moro, e beneficiar o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em nota, o procurador-geral Augusto Aras jurou que “jamais foi cogitada uma vez que não há razão a sustentar a adoção” de uma operação da Polícia Federal na capital paranaense.
A República de Curitiba não se convenceu mesmo com o comunicado do PGR, que negocia com Tacla Duran os termos da delação.
O ex-advogado da Odebrecht, exilado na Espana, sustenta que o advogado Zucolotto, sócio de Janja padrinho dos Moro, pediu dinheiro para vender vantagens com a Lava Jato.
“A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclarece que não há pedido para a realização de busca e apreensão no escritório da advocacia da esposa do ex-juiz Sergio Moro, Rosangela Moro. Segundo informa o gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, tal medida jamais foi cogitada uma vez que não há razão a sustentar a adoção de tal procedimento”, garante a nota da PGR.