quarta-feira, 10 de junho de 2020

Políticos e entidades elogiam força-tarefa de jornais para dar transparência a dados da covid-19

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e veículos de imprensa, elogiaram a formação de um consórcio de veículos de mídia dedicado à coleta e à divulgação de dados sobre covid-19. Em resposta aos entraves impostos pelo governo federal, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, Extra, G1 e UOL decidiram trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações diretamente nos 26 Estados e no Distrito Federal.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a iniciativa é "excelente". "Mostra a importância da liberdade de imprensa para que nós tenhamos transparência não apenas na divulgação de dados, mas em todas as ações dos agentes públicos", afirmou.

No início da tarde, Maia disse esperar que o Ministério da Saúde volte a apresentar os dados como na forma anterior e no horário anterior, "para que isso não seja mais um tema de conflito no Brasil". Na semana passada, o ministério havia mudado o horário de divulgação para as 22h, o que inviabilizaria a divulgação dos dados em telejornais e veículos impressos. Ontem, o governo recuou e publicou os números pouco antes das 18h30.

Desde o início da pandemia, o governo federal vem diminuindo o nível de transparência na divulgação de informações sobre a crise. Com a saída do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o Executivo reduziu entrevistas sobre a situação e, desde a semana passada, passou a omitir o número total de mortes no País, divulgando apenas a quantidade de óbitos nas 24 horas anteriores.