sábado, 27 de junho de 2020

TSE usa a pandemia para manter no cargo o prefeito que cassou por corrupção

TSE usa a pandemia para manter no cargo o prefeito que cassou por corrupção

O prefeito de Presidente Figueiredo (AM), Romeiro Mendonça, é um prodígio. Cassado no TRE e TSE, em razão de patifarias na campanha de 2016, tem o incrível “talento” de se manter impune. Em abril, obteve do ministro Luiz Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral, sua recondução ao cargo vinte dias depois de afastado. Alegou “pandemia”, apesar de o substituto estar apto à guerra contra o Covid. Além disso, a condenação por improbidade e corrupção foi endossada pelo TSE.

O Ministério Público Eleitoral Apelou contra sua recondução em 27 de maio, na luta para afastar Romeiro Mendonça dos cofres públicos.

Salomão tem retirado o processo da pauta. Se o TSE não julgar o caso na terça (30), isso pode garantir o prefeito ímprobo, no cargo, até o fim.

Ao reassumir, o prefeito condenado por improbidade mandou fazer uma piscina de R$517 mil, em plena pandemia que tanto preocupa o ministro.

O desatino do prefeito com a rica piscina fez o procurador Ruy Marcelo Mendonça requerer “ampla investigação” e a suspensão da obra.