sexta-feira, 26 de junho de 2020

Diretor de cadeia no Paraná é suspeito de aproveitar pandemia para criar esquema e lucrar



Um diretor de cadeia no Paraná está sendo investigado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e é suspeito de ter se aproveitado da pandemia de Covid-19 para criar um esquema e lucrar em cima das famílias de pessoas que estão cumprindo pena e do próprio Conselho da Comunidade.
Nesta quinta-feira (25), inclusive, o núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Arapoti (nos Campos Gerais), Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba) e Taguaí (interior de São Paulo). As investigações estão a cargo da Promotoria de Justiça de Arapoti e do Gaeco de Ponta Grossa.
Conforme a apuração do Ministério Público do Paraná, o diretor da cadeia de Arapoti, sabendo das severas restrições às visitas aos presos e ao acesso a itens de higiene e alimentos fornecidos por familiares, teria criado um esquema para obrigar familiares e o Conselho da Comunidade a adquirir bens de uma única empresa. Acontece, porém, que ele mesmo é sócio dessa empresa beneficiada.
Os mandados, expedidos pela Vara Criminal de Arapoti, foram cumpridos nas residências do diretor da cadeia, no escritório de contabilidade de sua companheira, na sede da empresa de sua propriedade e na residência de outra agente de cadeia possivelmente envolvida no esquema criminoso.
A apuração do MP paranaense diz respeito a crimes como concussão (quando um funcionário público exige, para si ou para outra pessoa, vantagem indevida, direta ou indiretamente) e associação criminosa.