sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

União arrecadaria R$300 bilhões se vendesse imóveis, afirma ministro



A União receberia R$ 300 bilhões se vendesse todos os imóveis disponíveis atualmente, segundo o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago. Entretanto, o ministro considera que não seria uma tarefa simples e por isso, é preciso repensar a forma de vender os imóveis.
“Não é simples. Muitos têm problemas de reforma, de manutenção. É uma coisa que temos que repensar a forma de vender”, disse em café da manhã com jornalistas na manhã desta quinta (13), em Brasília.
Ele citou a consulta pública aberta pelo ministério no último dia 21, com prazo de 60 dias para envio de propostas, para estruturar o primeiro fundo de investimento imobiliário da União. O fundo terá como lastro parte da carteira de imóveis administrada pela Secretaria do Patrimônio da União do ministério e terá como objeto a alienação, locação ou outras atividades relacionadas aos ativos imobiliários de propriedade da União.
Os imóveis da União compreendem os terrenos de Marinha, terras rurais, oriundos de extinção de órgãos e entidades, como da Rede Ferroviária, entre outros. Segundo o ministro, a União tem atualmente cerca de 680 mil imóveis registrados.
Economia
O secretário executivo do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin, fez um balanço das medidas de economia tomadas pelo governo federal por meio da centralização de serviços e de custos compartilhados. Ele informou que, nos próximos dois ou três anos, o governo pretende concluir o processo de digitalização de 1.740 serviços públicos federais, que poderão ser pedidos exclusivamente pela internet ou por aplicativos móveis.
Segundo Rubin, o governo economizou R$ 600 milhões neste ano com a digitalização de cerca de 30 serviços públicos. Isso porque a informatização reduziu a burocracia e o custo com material de escritório e a requisição de servidores públicos apenas para analisar papéis. Ele disse que o governo tem o potencial de economizar bilhões de reais apenas com a informatização desses 1.740 serviços.
O secretário executivo acrescentou que a União economizou R$ 20 milhões por ano com a restrição de carros oficiais a ministros e secretários executivos e a centralização dos deslocamentos dos demais servidores por táxi. Para 2019, o governo prevê a extensão do serviço de táxi para servidores em outras cidades, como Rio e São Paulo, e a locomoção dos servidores em carros particulares pedidos por aplicativos.
Outras fontes de economia de recursos apontadas pelo secretário executivo do Planejamento foram a centralização da rodagem das folhas de pagamentos de aposentados e pensionistas no ministério. Com a digitalização das pastas funcionais dos inativos e dos pensionistas, o processo será automatizado, reduzindo de 11 mil para 1 mil a 1,5 mil o número de servidores dedicados à função.
Rubin disse que a centralização das licitações para bens de tecnologia da informação e de telefonia proporcionou ganhos de padronização e evitou a administração de contratos com diferentes fornecedores. Ele citou ainda a edição da portaria que permite a livre movimentação de servidores federais como ferramenta para tornar mais eficiente a administração pública. “Esse instituto não é novo. Apenas nunca havia sido regulamentado. A gente pega a força de trabalho e aloca em áreas onde haja maior necessidade e carência”, explicou. (ABr)