segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Caminhoneiros querem que ANTT reajuste tabela de frete diante do aumento do diesel



Os caminhoneiros voltaram a movimentar os grupos de mensagem no WhatsApp desde o anúncio da alta de até 14% no preço do litro do diesel, anunciado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última sexta (31). Com o aumento, o litro do combustível passou de R$ 2,0316 para R$ 2,2964.
Alguns caminhoneiros afirmam que já há movimentação para que a categoria volte a parar, como aconteceu em maio deste ano. A greve dos caminhoneiros deflagrada no primeiro semestre de 2018 gerou uma crise no abastecimento de combustível e alimento em todo o país até que o governo fechou um acordo com a categoria.
Entre as medidas adotadas estava a do congelamento do preço do combustível. Por três meses, o preço do diesel permaneceu o mesmo e o governo garantiu o subsídio de R$ 0,30 por litro do combustível até o fim deste ano.
Em nota, a União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) já afirmou que a categoria fará uma nova paralisação após o feriado de 7 de setembro. Algumas lideranças tentam acalmar os ânimos entre os caminhoneiros e organizar um ato na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Na noite deste sábado (1º), a agência divulgou uma nota em seu site afirmando que irá promover os ajustes na tabela do frete, conforme previsto na lei sancionada pelo presidente Michel Temer. A lei que estabeleceu a nova política de frete prevê revisão dos pisos mínimos caso o combustível tenha oscilação superior a 10%, como aconteceu na última sexta.
A intenção de algumas lideranças da categoria é de que, se a ANTT não cumprir com os ajustes previstos em lei até 7 de setembro, os caminhoneiros façam uma nova paralisação. (Com informações da FolhaPress)