sábado, 14 de julho de 2018

Copel revisa balanço financeiro em R$ 150 milhões após investigação

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A Copel teve que revisar o balanço financeiro em R$ 150 milhões após descobrir que tinha participação em um empreendimento imobiliário em Osasco (SP). A informação foi publicada nesta quinta-feira (12) pelo jornal Valor Econômico.

A reportagem diz que uma das subsidiárias da Copel, a Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA), foi alvo de investigações da própria empresa nos últimos nove meses, o que resultou no atraso na publicação de balanços, revisão de demonstrativos dos últimos anos e adiamento da assembleia de acionistas.

De acordo com a publicação, por determinação do diretor administrativo e financeiro da época, Erlon Tomasi, entre 2014 e 2016, a UEGA investiu cerca de R$ 160 milhões em um fundo multimercado.

Ainda segundo o jornal, a Copel foi desdobrando o destino final do capital e descobriu que havia se tornado sócia de uma empresa de capital fechado, dona de um grande projeto imobiliário em Osasco.

Essa informação não constava nos baçanços de 2015 e 2016 da Copel, que precisaram ser corrigidos. A falha, conforme a reportagem, teve que ser admitida como relevante preante o regulador americano do mercado de capitais.

O Paraná TV encontrou no site da UEGA a demonstração financeira de 2018, que tem uma nota que explica a baixa nos balanços. A Copel afirma que identificou que a UEGA mantinha recursos em fundos de investimentos e cita o empreendimento imobiliário.

A nota diz também que para apurar o caso a companhia contou com a assistência de especialistas independentes, que abriu investigação interna, e afirma ainda que os trabalhos de investigação e análise já foram concluídos.

Durante a investigação, foi verificado que o investimento ocorreu de forma restritira à UEGA e em desacordo com a política de investimentos da Copel, que dispõe que a alocação de recursos financeiros em fundos exclusivos pode ocorrer quando eles forem exclusivamente por títulos públicos federais ou títulos emitidos por instituições financeiras públicas federais.