sábado, 26 de maio de 2018

Gasolina no Brasil é a segunda mais cara no mundo

Foto: Tribuna do Norte

Dados da empresa de consultoria Air-Inc, mostram que o Brasil é o segundo país com a gasolina mais cara, no comparativo entre os 15 maiores produtores de petróleo do mundo. A Noruega aparece com o primeiro lugar da lista, onde o combustível tem o preço mais salgado, chegando a quase US$ 1,90 por litro. 
Enquanto no Brasil o litro sai por US$ 1,34 (R$ 4,42), na Venezuela um litro do combustível sai por US$ 0,001. E muitos consumidores estão incomodados e revoltados com a percepção de que o País produz grandes quantidades de petróleo, contudo, não há vantagem, pois o valor na bomba sai muito mais caro.
O Brasil aparece em segundo lugar com a gasolina mais cara quando se considera apenas os 15 maiores produtores de petróleo do mundo. Contudo, em uma lista de preços em 167 países compilada pelo site Global Petrol Prices, a gasolina brasileira aparece na 79.ª posição.
Por que o preço dobra entre a refinaria e o posto?
A explicação está na composição do preço, e tem como vilão os impostos. Conforme informações da Gazeta do Povo, a fatia destinada a tributos estaduais (ICMS) e federais (PIS/PASEP, Cofins e CIDE) representa 45% do preço final cobrado do consumidor. Os impostos se tornaram mais pesados em todo o país a partir de julho do ano passado, quando o governo federal decidiu aumentar a alíquota que recai sobre os combustíveis. No caso da gasolina, o aumento foi de R$ 0,4109 por litro. A medida, que resultou na arrecadação de mais R$ 10,4 bilhões, foi tomada para que o governo conseguisse atingir a meta fiscal em 2017.
Além dos tributos, outros componentes também afetam o preço final da gasolina para o consumidor. Por exemplo, o custo do etanol anidro tem impacto no valor que aparece nas bombas. Isso porque, por lei, é preciso que a gasolina vendida nos postos tenha 27% de etanol em sua composição. 
Reajuste influenciado pelo dólar
O aumento no valor gasolina, que ultrapassou a barreira dos R$ 4 nos postos de combustíveis, em dezembro do ano passado, foi influenciado pelo aumento do dólar e do petróleo. 
O preço mais salgado é reflexo da política de preços vigente desde 2016 na Petrobras, que passou a acompanhar as oscilações internacionais. Até o ano anterior, os preços da gasolina e do diesel eram influenciados por decisões do governo, que chegou a usá-los como instrumento para controlar a inflação, com prejuízo bilionário para o caixa da estatal.


(Com informações da Gazeta do Povo)