
A decisão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação, agrediu a autonomia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), ao tomar a iniciativa de exonerar a médica Maria de Fátima Siliansky do cargo de superintendente do Hospital Universitário de Alagoas (HU), na última terça-feira (6). Desde então, o HU está sem comando, e a reitora da Ufal, Maria Valeria Costa Correia, de quem é a prerrogativa de indicar o cargo, cobra a revogação urgente da portaria que exonerou sua indicada.
Após reunião entre representantes da reitoria da Ufal, da Ebserh e do HU, nesta sexta-feira (9), a reitora Valéria Correia, ressaltou que a situação que coloca a universidade num contexto de instabilidade sem precedentes.
“A autonomia universitária é um dos pilares do Estado Democrático de Direito. É o princípio maior que deve ser respeitado dentro da comunidade universitária por quem dela se acercar. O que estamos vivenciando aqui fere de morte o princípio da autonomia universitária porque a prerrogativa de indicar a superintendente do hospital é da reitora ou reitor da Ufal. Então a exoneração da professora Fátima Siliansky sem a consulta à gestão da Ufal caracterizou a quebra desse princípio”, condenou a reitora.
A reitora ainda chamou a atenção para o fato de o caso intempestivo de anormalidade instalado dentro da Ufal, sem justa causa, dizer respeito ao funcionamento de um hospital que contribui com o ensino, a extensão e a pesquisa científica, em um sistema integrado e totalmente gratuito, para além da assistência à população alagoana mais vulnerável.