
Com a cúpula de seus representantes políticos enrascados com diversas acusações relacionadas à Operação Lava Jato, o Estado de Alagoas produziu, só no primeiro semestre de 2017, 20 operações policiais de combate à corrupção, em diversos níveis do poder público. A média foi de três operações por mês, de janeiro até a primeira quinzena de junho. É quase uma caçada a corruptos por semana.
A Polícia Federal deflagrou 11 operações, até a semana passada. Algumas delas decorrentes da atuação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU). Foram oito as operações deflagradas pelo Ministério Público Estadual (MP/AL), com apoio do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e das polícias Civil e Militar. E até o Detran coordenou operação policial contra esquema que roubava veículos apreendidos de dentro do depósito do órgão.
A operação mais recente do MP de Alagoas, a Sepse, foi deflagrada na última quarta-feira (14), com o objetivo de desbaratar um esquema de desvio de mais de R$ 2 milhões, em seis meses, destinados à compra de medicamentos para as prefeituras de Mata Grande, Passo do Camaragibe e Girau do Ponciano.
Questionado pelo Diário do Poder sobre a que atribui a média de três operações policiais contra corrupção em Alagoas neste primeiro semestre de 2017, o procurador-geral de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça Neto foi sucinto em sua resposta: “Certeza da impunidade”, resumiu.