segunda-feira, 3 de abril de 2017

Quem paga melhor o professor? A rede pública ou privada?



Assim que se forma, o primeiro dilema que um professor enfrenta é sobre qual caminho deverá seguir: investir em concursos para fazer carreira no setor público ou se aventurar no setor privado, onde a estabilidade é menor, mas o ambiente de trabalho, em geral, mais positivo?

Sergio Gonçalves, presidente do Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar), aponta que num geral o setor público deve aparecer em primeiro plano para aqueles que estão em início de carreira, mas o ambiente das particulares tende a ser melhor. “Dependendo do estabelecimento, o ambiente pode ser muito saudável, com maior grau de seriedade, de valorizar a categoria. No serviço particular tem boas empresas”, ressalta.

Os principais benefícios para aqueles que atuam no setor público está na estabilidade e no salário inicial. Segundo dados da Secretária Estadual de Educação, na rede pública a remuneração inicial é de R$ 3,6 mil (R$ 2,8 mil de salário mais R$ 800 de auxílio-transporte) para 40 horas semanais, hora-atividade, quinquênios, licenças especiais e até licenças para tratamento de saúde de familiar são os principais exemplos.
No setor privado, o piso da categoria é um pouco menor (em torno de R$ 2,6 mil para uma jornada de 40 horas semanais), mas há outras vantagens, como destaca Esther Cristina Pereira, presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR).
“A primeira particularidade é a qualidade emocional para trabalhar, porque na rede privada temos todo um movimento de cuidar do professor, de mimar ele, fazer com que ele não sofra com demanda negativa da família. Em segundo, o número de alunos por sala é menor, o que auxilia muito na condição de um bom trabalho”, aponta Esther. “A questão disciplinar também tem um ganho na rede particular, onde os alunos tendem a ter um processo disciplinar um pouco maior. A impressão é de que a família está mais próxima”, complementa.