
Sob investigação da Operação Lava Jato por incluir a Odebrecht, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha, parceria entre Brasil e França, está dois anos atrasado. De acordo com a Força Tarefa da Lava Jato, o motivo são dificuldades orçamentárias e técnicas.
O acordo entre os países foi firmado em 2008 para garantir o maior projeto das Forças Armadas em andamento no Brasil, orçado em mais R$ 30 bilhões. E prevê construção, operação e manutenção de cinco submarinos, entre eles o primeiro modelo com propulsão nuclear do País. A previsão era de que todas as embarcações ficassem prontas, ao longo dos anos, até 2025. A atual é 2027.
Conforme informação repassada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior - um dos 78 delatores do grupo -, foram repassados R$ 17 milhões em propinas entre 2012 e 2013 ao PT para que a obra continuasse a receber recursos do governo federal. Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, declarou que a Odebrecht Infraestrutura pagou R$ 50 milhões de um montante acertado com o partido para a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2014, com o mesmo fim. A defesa de Dilma nega.