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A Justiça do Peru decretou a prisão preventiva do governador de Callao, Félix Moreno, por suposto recebimento de propina da Odebrecht. Moreno teria favorecido a empreiteira na obra de um rodovia. O governador responde por lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
De acordo com a investigação, a empresa pagou US$ 4 milhões para vencer a licitação da construção da estrada Costa del Callao, próxima a capital do Peru, Lima. Félix Moreno teria recebido 60% do valor da propina e o restante foi destinado ao empresário israelense Gil Shavit, que delatou o suposto esquema de corrupção após ser preso na semana passada.
Planilhas apreendidas no Escritório de Operações Estruturadas da Odebrecht, que indicam dois pagamentos para as obras, foram usadas para embasar as acusações.
Moreno nega ter recebido propina da empreiteira brasileira e diz que deseja cooperar com as investigações. A defesa do governador, que está sob custódia da Polícia Nacional do Peru e deve ser encaminhado para um presídio em breve, recorreu da decisão.
Investigações apontam que a Odebrecht fez pagamento de propina a funcionários do governo dos ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), no valor de US$ 29 milhões.