Pouco depois desse anúncio, no final da manhã, diversos postos de combustíveis de Curitiba ficaram com filas enormes de veículos que pretendiam abastecer antes que a majoração chegasse às bombas. Ainda houve bate-bocas e acusações de “fura-filas” entre os motoristas.
A procura foi tanta que alguns postos na cidade esgotaram os estoques antes do meio da tarde.
Também houve reclamações sobre postos que subiram o preço ainda durante o dia de ontem, antes mesmo do aumento da Petrobras ter validade. Isso levou o Procon-PR a criar uma força-tarefa com outras instituições para identificar e notificar os postos e distribuidoras de combustíveis que aumentaram o preço do diesel e da gasolina, antes mesmo que o ajuste anunciado chegasse às bombas.
A chefe do Procon-PR, Claudia Silvano, explicou que o novo valor não deveria impactar os consumidores já neste primeiro momento, pois o aumento vale para as distribuidoras e entra em vigor a partir de hoje. A previsão era que o preço mais alto chegasse às bombas na segunda-feira.
Pela cidade, que vinha com o preço médio abaixo de R$ 6,50, muitos locais apresentavam valores acima de R$ 7 para o litro da gasolina.
“Este é um aumento que terá grande impacto para consumidores, o mercado e a economia em geral. Desde o final de semana algumas distribuidoras já começaram a aumentar os preços de venda para os postos, antes de qualquer anúncio oficial de elevação na Petrobras, alegando uma maior entrada de combustíveis importados no mercado”, diz nota do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro).
“Conforme o Paranapetro tem alertado, esta é uma prática frequente: algumas distribuidoras costumam repassar os aumentos com grande agilidade para os postos, muitas vezes de imediato”.
Gás de cozinha
O realinhamento de preços da Petrobras com os preços do mercado internacional também vai atingir o gás e cozinha. Segundo o anúncio da estatal, para o GLP (gás liquefeito de petróleo), o último ajuste de preços vigorou a partir de 9 de outubro do ano passado. A partir de hoje, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, subirá 16,1%, de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
O produto não era reajustado há 152 dias e custa R$ 102,64 o botijão de 13 kg, em média, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
