De acordo com a ação judicial, o idoso caiu e quebrou o fêmur no dia 29 de julho. Ele foi levado ao hospital, e a equipe médica também observou que ele era mantido em condições de higiene precárias.
Enquanto ficou internado, o idoso contou à família que era vítima de diversas violências físicas e psicológicas, sendo agredido pelas duas donas da clínica de repouso e por uma funcionária, ainda de acordo com o MP-PR.
Em uma parte do relato prestado à família, conforme o Ministério Público, o idoso “destacou que desferiam socos contra ele, tendo, em determinada ocasião, o asfixiado”. A vítima também disse que teve os cabelos cortados à força.
A promotoria afirma que além da suspeita da prática de agressões, há indícios de que a vítima de 91 anos e outros moradores eram mantidos sedados com medicação, essa inclusive pode ter sido a razão do interno ter caído, ainda segundo informações do MP-PR.
,O idoso afirmou à família, antes de falecer, que os moradores agredidos tinham medo de denunciar as situações às famílias por medo da proprietárias, o MP-PR afirmou no processo que os idosos eram ameaçados.
Os relatos do idoso foram gravados pela família. Os arquivos em áudio e vídeo foram entregues à promotoria e fazem parte das provas da ação civil pública movida contra a clínica e proprietárias.
Interdição
Além da prisão, o MP-PR também cumpriu mandado de busca e apreensão e de interdição cautelar do espaço. Conforme a decisão judicial, a casa deverá ser fechada e os idosos deverão retornar para às casas das respectivas famílias em até 48 horas.
A proprietária e a filha dela estão proibidas de atuar em qualquer atividade com envolvimento de idosos.