No caderno, que foi encontrado em um dos apartamentos onde Miguel morou com a mãe, no Balneário de Santa Terezinha, há frases como "eu sou um idiota", "não mereço a mamãe que eu tenho", "eu sou ladrão, "eu sou ruim" e "eu sou um filho horrível".
A polícia também verificou outro apartamento, no centro de Imbé. Além do caderno, foi encontrada uma corrente, que era usada para prender o menino. Em conversas entre a mãe e madrasta de Miguel, Bruna Nathieli Porto da Rosa, que também está presa, as mulheres falam sobre comprar a corrente.
Ela e Yasmin foram transferidas do Presídio de Torres para a Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O crime
Na última quinta-feira (29), o corpo do menino Miguel foi jogado no Rio Tramandaí, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, após ingerir medicamentos. A mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou o crime. Ela e a companheira, Bruna Nathieli Porto da Rosa, estão presas.
O crime foi descoberto após a mãe ir à polícia registrar o desaparecimento da criança. Ao apresentar contradições, foi questionada pela polícia e confessou o crime.
De acordo com Yasmin, na madrugada da última quarta-feira (28), deu remédios ao filho Miguel e o colocou dentro de uma mala. Em depoimento à polícia, ela informou não ter certeza se a criança estava viva ou morta.
"Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto", disse o delegado do caso, Antonio Carlos Ractz Júnior.
Na noite seguinte, ela foi até a delegacia registrar o desaparecimento do filho.
"Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA de Tramandaí, a fim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC", diz o delegado.