Os primeiros casos foram identificados no Maranhão, e a primeira medida anunciada pelo Ministério será de enviar 600 mil testes rápidos para o estado com o objetivo de acompanhar uma possível disseminação da nova variante. Os testes devem sair de Guarulhos ainda no domingo e chegar no final da tarde.
De acordo com o ministro da Saúde, todos os passageiros que passarem por aeroportos ou pelas fronteiras do estado precisarão fazer o teste rápido.
Qualquer passageiro que tiver teste rápido positivo ele fará RT-PCR com a pesquisa também genômica no intuito detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados e a conduta será a mesma — explicou Queiroga.
Rodrigo Otávio Cruz, secretário executivo do Ministério, explicou que a pasta está seguindo uma estratégia de busca ativa dos casos.
— A ideia é que a gente faça uma busca ativa em locais de circulação e pontos de saída buscando pessoas sintomáticas e assintomáticas — disse.
A decisão foi anunciada após uma reunião do ministro com o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, na manhã deste sábado. No encontro, o secretário sugeriu um plano de ações que incluía a instalação de barreiras sanitárias e triagem de pessoas provenientes do Maranhão e da Argentina, onde a nova variante já foi identificada.
Transportes com origem do Maranhão também serão monitorados no Terminal do Tietê, em São Paulo, e nas rodovias Fernão Dias e Dutra.
O secretário executivo do ministério afirmou que a ideia é que essa estratégia se expanda para outros municípios.
As equipes de saúde farão uma triagem dos passageiros, dos grandes equipamentos de movimentação de pessoas. A gente vai buscar as pessoas sintomáticas e assintomáticas para fazer o teste, em caso de resultado positivo se isola e vai investigar pra ver se o vírus corresponde a uma variante indiana.
O Brasil chegou a suspender voos da Índia na semana passada, após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Voos de origem na Inglaterra, Irlanda do Norte e África do sul também estão suspensos porque a variante também foi identificada nesses países.
Queiroga disse que não há indícios de transmissão comunitária da variante indiana, mas que a pasta faz monitoramento.
— Mas antes da vedação dos indianos no Brasil chegavam pessoas da Índia. Estamos buscando tudo isso para avaliar esses casos e conter uma possível transmissão comunitária desse vírus — afirmou.