quarta-feira, 3 de março de 2021

Volta das aulas presenciais não tem data, diz ministro da Educação














 O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou ontem em entrevista ao programa A Voz do Brasil, que o governo federal planeja metas para o retorno gradual ao ensino presencial, mas que esse retorno não acontecerá a qualquer preço, e sim com critérios e decisões que respeitem a dimensão continental do Brasil e as diferentes condições sanitárias das regiões. As infoirmações são da Agência Brasil.

Sobre o calendário do possível retorno, o ministro afirmou que o recrudescimento da pandemia não era esperado, e que datas específicas não podem ser firmadas ainda, tendo em vista a atual situação da pandemia de Covid-19. “Nós não temos um prazo. Isso depende muito da situação local. Com o advento da vacinação, teremos condições de retornar, logo logo, com segurança”, afirmou.

Com a impossibilidade de aulas presenciais, as aulas remotas via internet se tornaram ferramentas básicas de educação. Segundo informou o ministro da Educação, mais de 76 mil escolas públicas em cerca de 5 mil municípios receberam verbas do programa Educação Conectada para implementar projetos de educação à distância.

“Investimos perto de 250 milhões [em conectividade para escolas públicas]. Vale lembrar que alunos de escola pública que não tem o mesmo acesso à educação de alunos oriundos de escolas particulares são amparados pela lei que regulamenta o acesso às universidades públicas, com reserva de 50% das vagas”, explicou o ministro.

No Paraná as aulas que iniciariam de forma híbrida — com parte dos estudantes em aulas presenciais e a outra online — foram adiadas por causa do aumento de casos nas últimas semanas no Estado. O adiamento é até a próxima semana, mas pode ser estendida caso o avanço da doença permaneça.

O ministro também falou que a pandemia é a responsável pelo alto índice de abstenção no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além da vasta preocupação com a pandemia de Covid-19, a situação emergencial de Manaus pode ter influenciado na ausência de estudantes. “Imagine os pais de uma criança, de um adolescente, que faria a prova como treineiro, sem compromisso, e ouvir o que houve em Manaus”, explicou.