sábado, 27 de março de 2021

Padrasto é preso suspeito por estupro de vulnerável após morte de menino de três anos, em Cianorte

 


O padrasto de um menino de três anos, que morreu após ser encaminhado com ferimentos a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Cianorte, no noroeste do Paraná, foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Civil, o homem, de 30 anos, foi autuado por estupro de vulnerável com resultado de morte, ainda na quinta-feira (25), após o falecimento da criança.

O menino foi levado à UPA, no início da manhã de quinta, pelo padrasto. Ele chegou com vida à unidade, mas morreu em seguida. Segundo o Conselho Tutelar, a equipe da PM foi acionada pelos funcionários da UPA.

A Polícia Militar (PM), o Conselho Tutelar e a prefeitura informaram que houve indícios de violência física e sexual contra a criança. A PM informou que a vítima tinha lesões pelo corpo, e que alguns machucados pareciam recentes enquanto outros possuíam características de serem mais antigos.

A Polícia Civil investiga o caso e apontou que os sinais de violência serão apurados em laudos médicos, que devem ficar prontos até a próxima semana.

O padrasto prestou depoimento à Polícia Civil e negou que tenha agredido o menino. Ao ser perguntado sobre os machucados da criança, o homem disse que foram causados enquanto ela brincava.

Ainda em depoimento, o homem afirmou que, no outro dia, ao chegar em casa após o trabalho, viu que o menino estava com um "galo" na cabeça. "Eu perguntei o que era. Minha esposa falou que ele estava brincando na casa da avó e se machucou", afirmou o padrasto.

Familiares da mãe do menino disseram que o casal estava junto há um ano e que viviam em uma casa aos fundos da residência da avó materna da criança.

A mãe do menino também foi ouvida pelo delegado Jonas do Amaral, que investiga o caso. Ela disse que o convívio do padrasto com o menino, na percepção dela, era saudável, mas que a vítima não gostava de ficar sob os cuidados do homem.
O delegado disse que também deve ser apurada uma possível omissão ou conivência da mulher no caso.

A avó da criança contou à reportagem da RPC que o menino tinha apresentado um comportamento diferente e que ela percebeu que o neto não gostava de ficar junto com o padrasto.