“Nós temos claramente um presidente não está sabendo lidar com a crise de saúde”, afirmou Mandetta, em entrevista ao portal Yahoo!. “Ele foi ao STF para falar que governadores e prefeitos não devem recomendar nada, que quem deve recomendar é ele. Calcula ele fazendo a recomendação? Será que ele ia mandar ‘dilui cloroquina nas caixas d’água das cidades’? Acho que essa que ia ser a medida dele”.
Mandetta voltou à tona porque, na quinta-feira (18), Bolsonaro voltou a criticar o ex-ministro e sua live semanal. “Se você é contra, sem problemas, segue a receita do ministro Mandetta. Quando você tiver falta de ar, vai pro hospital. Eu perguntei pro Mandetta. 'Ele vai sentir falta de ar e vai pro hospital fazer o quê? Vai ser intubado'”, afirmou o presidente na ocasião, imitando uma pessoa com falta de ar.
“O governo tenta terceirizar essa culpa. Já terceirizou para China, era o vírus chinês, depois para a Organização Mundial da Saúde, depois o ministro, troca o ministro, põe um militar, Congresso Nacional, pau no Rodrigo Maia, pau no Davi Alcolumbre, depois era o STF”, falou Mandetta, ao Yahoo! “A imprensa brasileira, ela apanha e é culpada. Ele quer matar o carteiro porque a notícia que está na carta é ruim para ele. Então, ele quer dar um tiro no carteiro. Tá louco para fechar veículos”, continuou.
O ex-ministro sugeriu até que Bolsonaro pode até ir parar na corte de Haia (Holanda), onde os líderes mundiais são julgados por genocídio. “Bolsonaro agora deveria estar de joelho, no milho, rezando, com um oratório bem grande. Porque se tiver uma variante, com essa quantidade de vírus que está circulando no Brasil, e essa variante for resistente a vacina, e fazer o mundo voltar à estaca zero por conta desse negacionismo dele, acho que ele vai ser levado diretamente daqui para Haia”, disse.