terça-feira, 23 de março de 2021

Por que Bolsonaro não reabre a fábrica de oxigênio hospitalar da Fafen-PR?

 

















A pergunta cuja resposta vale um milhão de dólares é: por que raios o presidente Jair Bolsonaro não reabre a fábrica de oxigênio hospitalar que está fechada no Paraná?

Por que o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), não toma a iniciativa de exigir a reabertura da Fafen (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) no município de Araucária, região metropolitana Curitiba.

O MPF (Ministério Público Federal) e o MP-PR (Ministério Público do Paraná) enviaram na quinta-feira, 18/3, ofício conjunto à Petrobrás, ao governo do Paraná, ao Ministério da Saúde e à FUP (Federação Única dos Petroleiros) solicitando a reativação da Fafen-PR. Os órgãos têm até esta segunda-feira (21/3) para responder o ofício.

A Fafen tem capacidade de produzir de 350 mil a 750 mil metros cúbicos de oxigênio hospitalar por dia. Como comparação, só o consumo nas UPAs de Curitiba saltou nos últimos dias de 420 metros cúbicos para 3,5 mil metros cúbicos por dia.

No momento, a maioria dos hospitais do país enfrenta dificuldade com suprimento do produto. Diante disso, nesta semana, o ex-ministro da Saúde, general Pazuello eximiu o governo de qualquer responsabilidade com o abastecimento de oxigênio aos hospitais.

A Fafen-PR foi fechada em março de 2020. A planta de fábrica consegue converter produzir oxigênio hospitalar, com pequena conversão, e fornecer o insumo para salvar vidas em todo o país.

Em 20 de janeiro deste ano, o Partido dos Trabalhadores pediu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reabertura da empresa que pertence à Petrobras para produzir oxigênio para atender às necessidades do país.

Na ação, a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que “a fábrica, fechada por Bolsonaro, permanece montada, tem condições de produzir oxigênio para contribuir com às necessidades do pais”.

“O MPF e o MP explicam que a reativação da Fafen-PR e a consequente produção de oxigênio hospitalar podem evitar que várias vidas deixem de ser ceifadas por asfixia”, de acordo com nota divulga pelas duas instituições.