domingo, 7 de março de 2021

Hospital em Porto Alegre tem fila por respiradores

 


O hospital está operando além da capacidade. De 105 leitos críticos inicialmente previstos para casos de pacientes com o novo coronavírus, o número já passou para 132, com 27 pacientes instalados em leitos extras no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e também na área da emergência. A taxa de ocupação, portanto, é de 126%.

O crescimento nos atendimentos fez com que a unidade, ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), não conseguisse atender a demanda por ventiladores pulmonares, conhecidos por respiradores, equipamento que supre a necessidade de respiração em pacientes com pulmões comprometidos pela covid-19.

Hoje, o hospital usa respiradores de menor capacidade em parte dos pacientes com lesões pulmonares que demanda um modelo de maior capacidade, e também possui uma fila de espera para aqueles que estão em métodos não invasivos aguardando qualquer tipo de respirador.

O médico infectologista do Hospital de Clínicas Alexandre Zavascki, de 46 anos, disse que a situação tem feito com que pacientes aguardem a disponibilidade do equipamento mesmo já tendo indicação para serem intubados. "Temos pacientes que já teriam indicação, mas como não entraram em falência, eles ficam na enfermaria na modalidade possível. Há pacientes falecendo sem acesso ao ventilador", relatou na noite deste sábado, 6.

Ele disse que a intensificação da doença no Estado ocorre de uma maneira "nunca antes vista". "É uma aumento exponencial, com mudança completa da capacidade de atendimento do hospital, com necessidade de expansão rápida de leitos e recrutamento de novas equipes. Estamos usando muita criatividade para conseguir manter o atendimento diante da explosão de casos", disse.