O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse na tarde desta quarta-feira (11) que projetos prioritários para o Planalto poderão ser votados depois das eleições municipais. Segundo ele, o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), concordou com a votação de uma lista de proposições.
“O líder Arthur Lira (PP-AL) disse que topa votar de 2ª a 6ª feira, todo dia, até o recesso parlamentar”, declarou Barros na saída do Palácio do Planalto. Ele esteve com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para acertar a pauta governista na Casa.
A Câmara não vota projetos há semanas, porque vive 1 impasse. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer que Elmar Nascimento comande a CMO (Comissão Mista de Orçamento). Arthur Lira defende o nome de Flávia Arruda (PL-DF) e mobilizou uma obstrução da pauta para pressionar.
O pano de fundo é a sucessão do Maia. Aquele que vencer a disputa na CMO fica mais forte. Lira quer ser presidente da Câmara e Maia tentará fazer 1 sucessor. Agora, fala-se em discutir a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) diretamente no plenário, o que adiaria a necessidade de resolução no colegiado.
Os projetos citados por Barros como prioritários para as semanas seguintes às eleições são: o PLP (projeto de lei complementar) 137, que libera fundos retidos para o combate à pandemia; o PLP 101, citado por Barros como “1 mini Plano Mansueto“, que alivia a situação fiscal dos Estados; o PL (projeto de lei) 199, que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem; o projeto Casa Verde Amarela; e a autonomia do Banco Central.
“Negociaremos com o presidente Rodrigo Maia, que já conhece todas essas matérias, e vamos ver se conseguimos, durante essas 2 próximas semanas, votar essas matérias para, em seguida, entrarmos nas reformas”, disse Barros.
O líder disse, porém, que o impasse em torno da CMO exige uma “articulação maior”. “Governo aguarda que partidos da base se entendam”, declarou.
Renda Cidadã
Barros disse que a votação de 1 projeto de renda cidadã que substituirá o auxílio emergencial “requer 1 acordo“. “Me parece que vai ser após o 2º turno [das eleições municipais]”, declarou.
“É a vontade do Congresso Nacional, dos presidentes Maia e Alcolumbre e também do presidente Bolsonaro. Acho que esse conjunto de forças será suficiente para que possamos votar essa matéria fundamental para abrirmos o ano“, disse.
Poder 360